Compreendendo a Capelocracia: O Poder do Capital Cultural na Moldagem da Sociedade

Capelocracia é um termo cunhado pelo filósofo e sociólogo francês Pierre Bourdieu para descrever uma forma de poder político que se baseia no controle do capital cultural. Neste contexto, capital cultural refere-se ao conhecimento, habilidades e gostos que são valorizados em um determinado grupo social ou cultura, e que podem ser usados para ganhar influência social e política.

Bourdieu argumentou que em uma capelocracia, o poder não é detido por aqueles que têm poder económico ou militar, mas sim por aqueles que possuem elevados níveis de capital cultural. Isto pode incluir indivíduos que frequentaram escolas de prestígio, falam a língua “certa”, têm o gosto “certo” em arte e literatura, e assim por diante. Esses indivíduos são capazes de usar seu capital cultural para ganhar influência e controle sobre instituições políticas e sociais, moldando políticas e tomadas de decisão para refletir seus próprios interesses e valores.

A capelocracia é frequentemente vista como uma forma de "hegemonia cultural", na qual o a cultura dominante exerce a sua influência sobre outras culturas e sociedades, moldando as suas crenças, valores e práticas para se conformarem aos seus próprios. Isto pode ser visto na forma como as normas e valores culturais ocidentais são impostos às sociedades não-ocidentais através da globalização e do imperialismo mediático, por exemplo.

No geral, a capelocracia destaca a importância do poder cultural e do capital na formação de instituições políticas e sociais, e a necessidade examinar criticamente as maneiras pelas quais as normas e valores culturais são usados para exercer influência e controle sobre os outros.